sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sobre Dízimos, Ofertas e Ética

Temos algumas coisas a falar em amor aos que entregam seus dízimos e ofertas, bem como aos que os recebem ou os administram, no caso, líderes espirituais, pastores, padres, etc.

Primeiro aos que entregam suas doações. Esse ato precisa ser espontâneo, com liberdade e alegria, nunca sob coação. Quando alguém entende que a entrega do dízimo deve ser fruto do reconhecimento de que Deus é o doador e mantenedor da vida, e por isso, devolve-lhe parte do tudo que dEle recebeu, então, regozija-se muito mais pela certeza de já haver agradado a Deus com o seu ato e demonstrado-lhe gratidão, do que pela expectativa de receber algo em troca no futuro, ainda que as recompensas certamente venham, de uma forma ou outra.

Ainda em relação a quem oferta, precisamos dizer que o dízimo nunca deve ocupar o lugar de Cristo. Quando isto acontece? Quando as pessoas depositam sua fé no dízimo mais do que em Jesus. Pensam que a entrega do dízimo resolverá todos os seus problemas e se esquecem de que a bênção de Deus não está condicionada apenas ao cumprimento de uma única ordenança bíblica, mas sim, a todo um caminhar pautado também nos demais preceitos da Palavra, além de uma relação de intimidade com Cristo. Atribuem ao dízimo um poder mágico e miraculoso, e desprezam o valor do relacionamento com Deus.

A todos nós que ofertamos e entregamos nossos dízimos, é importante que a cada dia estejamos empenhados em nos libertar da ganância, do amor ao dinheiro e da ostentação, para que nossa motivação em doar seja verdadeiramente pura e fruto de um coração grato e sincero, e não contaminado pela motivação enganosa de querer dar mais só para ter mais. É simples perceber a diferença: O coração puro enfatiza o “dar” mais, e o contrário destaca o “ter” mais.

Com relação a quem recebe os dízimos dos fiéis para administra-los, há necessidade, primeiramente, de temor a Deus, em reconhecimento de que o dízimo é santo ao Senhor. Ele não pode ser manipulado para fins pessoais fora do propósito claro de manter a Casa do Senhor, sustento da obra e expansão do Reino de Deus.

Além disso, quem estimula o povo a contribuir nunca pode se enveredar pelo caminho da extorsão e espoliação. Extorquir é tirar alguma coisa de alguém pela força. Espoliar é praticamente a mesma coisa, porém, utilizando-se de arte e manha (de onde surge a palavra artimanha). No caso, a força aqui implícita não é a física, claro, e sim, psicológica. É o poder de argumentação que entra em vigor fazendo a pessoa se sentir extremamente condenada ou até mesmo apavorada se não contribuir. Palavras como: “entrega o que tens, se não queres lidar com o peso da mão divina”, e coisas parecidas, que não dão à pessoa outra opção, a não ser entregar, e muitas vezes, tudo o que se tem.

Muitas outras são espoliadas, na medida em que o poder de persuasão as leva a crer em algo que Deus nunca prometeu. Utilizou-se então a habilidade de tirar algo de alguém com arte e manha, com a perícia de fazer com que alguém se torne desprovido dos seus bens da noite para o dia sem mesmo se dar conta de como isso aconteceu.

Tais posturas ferem vários princípios bíblicos: o princípio da liberdade, da ética, da justiça, da bondade, do respeito, da verdade e da moral.

Para reflexão:

2 Coríntios 9:7; 2 Coríntios 13:8; Ezequiel 22:12; Malaquias 3:10; Atos 20:35; I Timóteo 6:10.


Wilson Maia

2 comentários:

  1. Deus seja louvado pela sua integridade como pessoa e temor a Deus, por isso, o Senhor lhe concedeu sapiencia para expôr o que deveria ser óbvio,mas infelizmene não é.A verdadeira igreja de Cristo e os ungidos do Senhor nao são comerciantes da Palavra e nao usam o nome de Jesus para explorar a fé do povo de Deus.Parabens pela colocação.Shalom!

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  2. Hoje no tempo da Graça, devemos usar a palavra semeadura, a oferta, como diz Paulo, para que as ovelhas se sintam a vontade em ofertar com alegria.

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